Mais de 24 horas após o trágico acidente na BR-373, em Imbituva, que resultou na morte de três pessoas após uma colisão frontal entre caminhões, a dor das famílias se soma à angústia pela demora na identificação oficial das vítimas.
O caso segue sob investigação da Polícia Científica de Ponta Grossa, que enfrenta dificuldades técnicas devido à carbonização completa dos corpos.
Dois dos corpos foram inicialmente reconhecidos por familiares como sendo de Leonildo Bueno da Rocha, de 41 anos, e seu sobrinho Elisson Joilson da Rocha, de 24. No entanto, a confirmação oficial ainda depende de exames de DNA.
A terceira vítima, por sua vez, permanece sem qualquer pista de identificação — nem mesmo o sexo da pessoa pôde ser determinado até o momento.
A perita-adjunta Kelly Cancela explicou que, devido ao alto grau de calcinação, até mesmo os exames de arcada dentária foram inviabilizados.
“Antes do resultado do DNA, só com alvará judicial seria possível a liberação dos corpos”, afirmou, destacando que os laudos genéticos podem levar até 45 dias para ficarem prontos após o envio das amostras ao laboratório.
A reportagem da Studio W conversou com o Delegado Dr. Donizete de Arruda Gordiano, da 10ª Delegacia Regional da Polícia Civil de Mallet, que acompanha o caso.
Segundo ele, a delegacia tem atuado como ponte entre os familiares e o Instituto Médico Legal (IML).
“Hoje alguns familiares procuraram a delegacia e fizemos contato com o IML de Ponta Grossa. Confirmaram serem três corpos carbonizados, mas ainda sem identificação oficial. O IML foi colocado em contato com a família e estão prosseguindo nas formalidades para identificação, inclusive com coletas de amostra de DNA se for necessário”, explicou.
A respeito da terceira vítima, Donizete foi enfático: “Ainda não há informação. Certeza mesmo, só com o DNA, pelo estado em que foi encontrado o corpo”.
Enquanto isso, a Polícia Científica solicita a colaboração da população para tentar descobrir a identidade da terceira vítima.
Informações podem ser readas pelo número de plantão (42) 9 9905-9533 ou presencialmente na sede da instituição, localizada na Rua Édipo Ferreira dos Santos Ribas, nº 166, bairro Nova Rússia, em Ponta Grossa.