Ministério da Saúde avalia incluir vacina contra herpes-zóster no SUS

Governo aguarda parecer técnico da Conitec para decidir sobre a incorporação da vacina, que é considerada prioridade pelo Ministério da Saúde

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Atualizado há 3 semanas

(Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil).

O Ministério da Saúde encaminhou à Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec) um pedido para avaliação da inclusão da vacina contra o herpes-zóster no Sistema Único de Saúde (SUS).

Em nota oficial, a pasta informou que aguarda o parecer técnico da comissão para deliberar sobre a incorporação do imunizante à rede pública.

“A inclusão de uma nova vacina no SUS envolve várias etapas, como a identificação da demanda, análise técnico-científica, avaliação de viabilidade e a pactuação entre União, estados e municípios”, destacou o ministério.

Em publicação na rede social X (antigo Twitter), o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou que a vacina é uma prioridade da gestão.

“É uma vacina de boa qualidade, mas de difícil o. Muita gente nem sabe que ela existe. Pode ter certeza: nossa prioridade é que essa vacina chegue ao SUS, com grandes campanhas de vacinação para os grupos indicados”, declarou.

O que é o herpes-zóster?

Conhecido popularmente como cobreiro, o herpes-zóster é causado pelo vírus varicela-zoster (VVZ), o mesmo responsável pela catapora. Após a infecção primária, o vírus permanece latente no organismo e pode se reativar, especialmente em adultos ou pessoas com a imunidade comprometida — como portadores de doenças crônicas, câncer, aids ou transplantados.

O contágio também pode ocorrer por contato com pacientes com varicela ou herpes-zóster, indicando a possibilidade de reinfecção, mesmo em pessoas previamente imunizadas.

Sintomas e complicações

Os sintomas iniciais costumam aparecer antes das lesões na pele e incluem:

  • dores nos nervos (nevrálgicas);

  • formigamento, agulhadas ou adormecimento (parestesias);

  • coceira e ardor local;

  • febre, dor de cabeça e mal-estar.

As complicações possíveis envolvem:

  • ataxia cerebelar aguda, afetando equilíbrio, fala e coordenação motora;

  • trombocitopenia, com queda nas plaquetas do sangue;

  • infecções bacterianas secundárias, como celulite e erisipela;

  • síndrome de Reye, associada ao uso de AAS, principalmente em crianças;

  • infecção fetal, que pode causar malformações em casos de varicela congênita;

  • varicela disseminada ou hemorrágica, em pessoas imunossuprimidas;

  • nevralgia pós-herpética (NPH), dor persistente e resistente ao tratamento, mais comum em mulheres e em casos com comprometimento do nervo trigêmeo.

A decisão da Conitec será determinante para a inclusão da vacina no calendário nacional e para ampliar o o à imunização da população de risco.

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