
Recentemente noticiários de Santa Catarina anunciaram que os casos de dengue subiram para 74. Do total, 61 são autóctones (transmitidos dentro do próprio Estado), sendo 59 registrados no município de Itajaí, e dois em ville. Em número reado pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE) ontem pela manhã houve registro de nove casos importados (contraídos em outros estados/países), registrados em Balneário Barra do Sul ,1, Florianópolis, 2, Guaramirim, 1, Itajaí, 1, Três Barras, 1, e de moradores de outros locais do Brasil diagnosticados em Santa Catarina, 3. Há, ainda, quatro casos confirmados em investigação: Itajaí, 1, Araranguá, 1, São José do Cedro, 1, e Blumenau, 1. Já as cidades de Chapecó, Balneário Camburiu, Itajaí e São Miguel do Oeste estão prestes a ar por um surto da doença. Só em Chapecó 259 focos de reprodução do mosquito foram encontrados.
Os casos deixaram o secretário de Saúde de Porto União em alerta. Jair Giraldi esteve reunido com o Secretário de Saúde do Estado no início da semana e confirma que ele também compartilha do medo. “A dengue é uma emergência de saúde pública estadual. Isso pode gerar um surto. Parece que às vezes as pessoas não dão importância, porque está muito longe, mas é algo muito grave a dengue pode matar”, dispara Giraldi.
O secretário também comenta sobre a necessidade da população trabalhar em conjunto com a Secretaria de Saúde. “Não adianta ter leis ou decretos se a população não ajudar.” O pedido, já conhecido, é para não deixar água parada em recipientes como pneus, caixas d’água, vasinhos de flores e garrafas. “Esses são os principais ambientes para nascer a larva.”
Contudo, para fiscalizar o mosquito na cidade há 102 armadilhas e monitoramento intenso em outros 42 pontos. As arapucas são visitadas pela Vigilância Sanitária a cada semana.
No final do ano ado dois focos foram encontrados, um na Rodoviária e outro próximo a Havan. Os focos, segundo Giraldi, foram eliminados, contudo, neste início de ano mais dois focos foram registrados. Um no Jardim Brasília e outro na área central. Nesse caso agentes da Vigilância trabalham em intenso ritmo para eliminar o foco. “Trabalhamos em uma espécie de conscientização e prevenção, e o que encontramos na cidade não são focos autóctones, muito provável que essas larvas foram trazidas de outras partes do País, mas para se criar um foco que seja da cidade, se a população não ajudar a combater, não será tão difícil”, alerta.
Do outro lado da linha, em União da Vitória, a Secretaria de Saúde realizou em dezembro uma campanha de conscientização. Na época vários cartazes, panfletos e visitações foram realizadas nos bairros e área central. Mesmo assim, dos dias 27 de julho a 28 de janeiro deste ano cinco focos foram encontrados. Em um deles o trabalho de eliminação foi realizado em conjunto com Porto União, pois o perímetro de delimitação de foco se estender para o lado paranaense. “Nós fazemos então inspeções nas casas desse perímetro e eliminamos qualquer possibilidade de foco na residência”, fala Wagner Moura, agente da vigilância sanitária de União da Vitória.
Por lá o trabalho de fiscalização é feito, contudo, não segue o ritmo de Porto União que utiliza de arapucas.
Pega no bolso
A Secretaria de Saúde de Porto União junto com a istração Municipal irão enviar um projeto, ainda neste ano, para a Câmara de Vereadores. O Projeto de Lei prevê multa para quem não colaborar no combate à dengue. A medida já é regulamentada por lei estadual. “Acho que só se pegar no bolso mesmo o pessoal vai colaborar”, comenta Jair.
A proposta irá regulamentar as fiscalizações em lojas de material de construção, borracharias e ferros-velhos. Nesses locais se houver focos da dengue ou recipientes que sejam propícios para a criação do mosquito o dono será penalizado.
Dia D
Dia D de mobilização contra dengue e chikungunya acontece amanhã em todo o Brasil. Tanto Porto União quanto União da Vitória irão intensificar a vigilância e orientações. Do lado catarinense os cinco agentes de endemias vão vistoriar as armadilhas espalhadas pela cidade. Haverá, também, trabalho intenso nos postos de saúde e Vigilância Sanitária. Já em União da Vitória agentes de endemias vão panfletar na área central no período da manhã. Eles podem seguir para o Distrito de São Cristóvão.
Mesmo com uma redução de 59% nos casos de dengue no ano ado, o Ministério Público prevê que o Dia D seja um chamado à população e aos gestores públicos para reforçarem as medidas de prevenção.