São Mateus do Sul impulsiona alta de royalties do xisto no Paraná em 2024

Com R$ 19,2 milhões arrecadados, município é o segundo maior beneficiado com royalties no estado

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Atualizado há 1 semana

Foto: Denis Ferreira Netto/SEDEST

A cidade de São Mateus do Sul teve papel decisivo na alta da arrecadação de royalties da indústria de energia no Paraná em 2024. O município recebeu R$ 19,2 milhões em rees pela exploração de xisto betuminoso, o segundo maior valor entre os polos produtores do estado, atrás apenas de Araucária.

No total, o Paraná arrecadou R$ 172,4 milhões com royalties de petróleo, gás natural e xisto, crescimento de 106,7% em relação aos R$ 83,42 milhões obtidos em 2023. Os dados fazem parte do Informe Mineral 02/2025, divulgado nesta segunda-feira (12) pelo Instituto Água e Terra (IAT), vinculado à Secretaria de Desenvolvimento Sustentável (Sedest).

Dos royalties distribuídos, R$ 104,8 milhões (60,8%) foram destinados a cinco municípios produtores: Araucária (R$ 75,4 milhões), São Mateus do Sul (R$ 19,2 milhões), Guaratuba (R$ 7,1 milhões), Campo Largo (R$ 2,33 milhões) e Pitanga (R$ 653 mil). O restante, R$ 67,59 milhões (39,2%), ficou com o Governo do Estado.

Conhecida por sua longa tradição na produção de energia a partir do xisto, São Mateus do Sul abriga instalações da Petrobras e de outras empresas que atuam na transformação mineral. A atividade representa uma importante fonte de receita para o município e movimenta empregos diretos e indiretos na região.

Além dos royalties, a Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM) também registrou crescimento no estado. Em 2024, o Paraná arrecadou R$ 36,35 milhões com a CFEM — avanço de 17,7% em relação aos R$ 30,88 milhões de 2023, superando o crescimento médio nacional de 8,4%.

Essa arrecadação envolveu 193 municípios, 535 empresas e 1.258 títulos minerários registrados na Agência Nacional de Mineração (ANM). As substâncias mais exploradas foram areia (41,6%), rochas britadas (19,6%), argila (11,8%) e rochas carbonáticas (10,8%), usadas principalmente na construção civil e na indústria de cimento, cal e cerâmica.

O informe também destacou a importância ambiental e econômica da região do aquífero Karst, localizado na Região Metropolitana de Curitiba, onde ocorre intensa extração de rochas carbonáticas para a produção de corretivo agrícola e abastecimento de água subterrânea.

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