Bituruna se destaca na floricultura paranaense às vésperas do Dia das Mães

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Atualizado há 2 semanas

O Dia das Mães é tradicionalmente uma das datas mais importantes para o setor de floricultura, impulsionando as vendas e a produção em diversas regiões do país. No Paraná, o setor gerou em 2023 um Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) de R$ 249,6 milhões. Grande parte desse valor veio da produção de gramados e plantas perenes ornamentais, que representaram 72,1% do total. Mas entre as flores de corte, as rosas ganham destaque especial — e é aqui que Bituruna se insere como um dos protagonistas.

Segundo o Departamento de Economia Rural (Deral), as roseiras foram cultivadas comercialmente em apenas dez municípios do Paraná em 2023, e Bituruna é um deles, consolidando-se como parte do seleto grupo que mantém viva essa cultura no estado. Ao todo, foram colhidas 265,8 mil dúzias de rosas, gerando uma receita bruta de R$ 4,5 milhões. As rosas representaram 1,8% da floricultura paranaense em geral e 8,6% entre as flores especificamente.

A produção de flores aumenta no Paraná, impulsionada por pequenos produtores familiares, que adotam o cultivo integrado com outras culturas. São produzidos, principalmente, crisântemos, rosas, orquídeas e grama para jardinagem. A Emater apoia os produtores, indicando as melhores práticas de cultivo.
Curitiba, 15/01/2016.
Foto: Orlando Kissner/ANPr

Embora municípios como Marialva e Araruna liderem em volume, a presença de Bituruna no mapa da floricultura é relevante e estratégica, especialmente em um setor que ainda está em crescimento no estado. “No Paraná, ainda que a floricultura seja pouco explorada, há um aquecimento do mercado acompanhando a tendência nacional, com alavancagem dos negócios nas regiões onde a atividade está estabelecida”, explica o engenheiro agrônomo Paulo Andrade, no Boletim de Conjuntura Agropecuária divulgado pelo Deral.

Além de Bituruna, os outros municípios que cultivam roseiras são Marialva, Araruna, Sarandi, Mandaguari, Mandaguaçu, Francisco Beltrão, Farol, Maria Helena e Perobal. A produção de rosas tem oscilado ao longo dos anos: em 2014, foram colhidas 340,1 mil dúzias, com pico em 2017 (950,1 mil dúzias) e queda significativa em 2021, durante a pandemia, quando a produção caiu para 168,5 mil dúzias. Apesar disso, o VBP real da cultura permaneceu praticamente estável na década, ando de R$ 4,50 milhões para R$ 4,48 milhões — uma leve retração de apenas 0,5%.

No conjunto da floricultura estadual, as orquídeas, crisântemos e roseiras são as flores com maior peso, somando 16,1% da atividade. Outras 35 espécies compõem os 11,8% restantes.