Início das obras na BR-476 segue sem prazo definido

Um mês após a da ordem de serviço para restauração da BR-476, segue a pergunta: quando as obras terão início? A expectativa era de que o maquinário da empresa mineira Ethos Engenharia de Infraestrutura, vencedora da licitação, chegasse na região logo nas semanas seguintes à do contrato, fato que não ocorreu.

Início das obras na BR-476 segue sem prazo definido

Foto: JOC

A reportagem de O Comércio entrou em contato com o deputado federal Tadeu Veneri, um dos representantes da região na Câmara dos Deputados. Segundo ele, o motivo que tem retardado o início das obras é o atraso na votação da Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2025, documento que estabelece receitas e fixa as despesas do governo federal para o ano, indicando quanto será aplicado em cada área e de onde virão os recursos.

“Nós tivemos uma situação, que eu não diria que ela é nova, porque já aconteceu outras vezes, mas que não é agradável, que é a não votação. Não foi votado ano ado, por conta de todas as situações que tivemos aqui em Brasília, o orçamento, que ficou para ser votado [neste ano]. Nós achávamos que votaríamos no início de fevereiro. O relator pediu mais tempo, e nós vamos votá-lo só em março. E esse é o motivo de não ter sido iniciado, [não ter sido] liberado os R$ 5 milhões que nós pedimos”, explicou.

O valor de R$ 5 milhões citado pelo deputado foi um pedido feito pelo Superintendente Regional do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) no Estado do Paraná, Hélio Gomes, por meio do ofício n°843/2025/SRE – PR, à Diretoria de Infraestrutura Rodoviária (DIR) do DNIT, para que as obras possam começar. O pedido visa complementar o valor de R$ 2 milhões liberados na nota de empenho emitida para que o contrato fosse assinado, quantia considerada, de acordo com o documento, ínfimo para permitir o início da restauração da BR-476 entre União da Vitória e São Mateus do Sul.

O pedido em questão é uma tentativa de remanejar verbas já disponíveis no DNIT, e enviadas mensalmente aos estados, o chamado duodécimo. Segundo Veneri, o montante destinado ao Paraná em fevereiro para recuperação e manutenção das rodovias federais foi de cerca de R$ 13,9 milhões. “Estamos todos os dias tentando, junto com os ministérios, com as pessoas que estão no DNIT, buscar esses recursos. Eu acredito que até o final da próxima semana a gente tenha uma resposta e comece a empresa Ethos a montar seu canteiro de obras e, se Deus quiser, sair de vez do marasmo que a gente está”.

O contrato assinado com a Ethos tem vigência até 08 de abril de 2030 e prevê, além da recuperação da BR-476, a manutenção e conservação do trecho durante o período de cinco anos. A estimativa é que a obra custe cerca de R$ 99 milhões e tenha prazo de execução de 18 a 24 meses.

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