O futuro da BR-476 foi pauta de uma reunião realizada nesta quinta-feira, 24, em Brasília. Representantes do governo estadual e federal estiveram juntos em busca de soluções para os 81 quilômetros entre União da Vitória e São Mateus do Sul. O encontro foi encabeçado pela ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, em nome da União, e pelo deputado estadual Hussein Bakri, Líder do Governo na Assembleia Legislativa, representando o Paraná.

Segundo o deputado Hussein Bakri, as duas propostas mais viáveis neste momento para a BR-476 são que o Estado faça obras além daquelas que a União recém iniciou na rodovia ou que entre como parceiro no contrato federal em vigor para aumentar o volume de investimento previsto, que é de R$ 83 milhões. “Foi um debate bastante produtivo e desprovido de qualquer caráter político. O objetivo de todos ali era construir uma solução prática e rápida para que a BR-476 deixe de ser a rodovia da morte. Saio otimista de que alinharemos um acordo que contemple mais obras e mais recursos, acima do que está sendo feito atualmente pela União, de forma a garantir que tenhamos uma rodovia revitalizada muito em breve”, afirmou.

“Foi uma reunião muito representativa, todos em busca de uma solução para a BR-476. O presidente Lula pediu que resolvêssemos isso da melhor maneira possível em diálogo com o governo do Estado”, destacou a ministra Gleisi.
Foi debatida ainda uma terceira hipótese, que seria a delegação da rodovia ao Paraná, para que o Estado pudesse revitalizar o trecho por completo em concreto, num investimento de pelo menos R$ 500 milhões. No entanto, como esse processo em Brasília levaria até dois anos de tramitação, essa possibilidade foi deixada em segundo plano neste momento, diante da urgência das obras.

“Independente de qualquer alternativa, já houve agora a conclusão do processo para que seja feita a usina de asfalto, já há a liberação para usina de asfalto, já há liberação também para que as obras sejam iniciadas na parte do canteiro de obras com a empresa Ethos. Isso deve começar, já estão trazendo as máquinas, agora no dia 02 de maio, depois de tanto tempo de espera. De qualquer forma, é uma uma reunião produtiva, porque ela mostra que há interesse de todos em resolver a situação”, comentou o deputado federal Tadeu Veneri.

Na próxima segunda-feira, 28, representantes do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT-PR) e do Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER-PR) vão discutir em conjunto as duas propostas que estão na mesa e definir qual o melhor caminho a ser seguido. Em ambas, a ideia é que a entrada do Estado possibilite ir além das intervenções previstas no contrato assinado pela União em janeiro e cujas obras ainda estão em estágio inicial. Não estão inseridas, por exemplo, implantações de terceiras faixas ao longo do trecho.
Entre os serviços previstos de restauração do pavimento das pistas de rolamento e dos acostamentos estão remendos profundos nos pontos críticos; fresagem contínua e descontínua; reperfilagem e aplicação de nova camada de concreto asfáltico com espessuras variáveis de 5 cm a 8 cm; reperfilagem, fresagem e microrevestimento com nova camada de asfalto ao longo de todo o trecho.

O contrato com a empresa Ethos Engenharia de Infraestrutura, de Minas Gerais, tem vigência de cinco anos, sendo que os dois primeiros concentram as obras de restauração e os três seguintes, os serviços de manutenção.
Também participaram do encontro os deputados federais Elton Welter e Aliel Machado, e um representante da deputada Carol Dartora; os deputados estaduais Arilson Chiorato e Ana Júlia; o secretário de Estado da Inovação, Alex Canziani; o prefeito da Lapa, Diego Ribas; a presidente do Território Iguaçu, Maria Salete Rodrigues de Melo; além de técnicos do Ministério dos Transportes e do DNIT.

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