Santin Roveda é o novo diretor-presidente do Detran-PR
Santin Roveda assumiu o posto de diretor-presidente do Departamento de Trânsito do Paraná (Detran-PR). Na autarquia, será responsável por manter e ampliar os serviços digitalizados disponíveis ao cidadão; realização de leilão de veículos e ações educativas no trânsito; acompanhamento da concessão dos pátios veiculares; elaboração do Plano Estadual de Segurança no Trânsito para o Estado do Paraná (Petrans/PR); e ajudará a planejar e supervisionar a implantação da sinalização luminosa e gráfica de vias; entre outros. Conversamos com Santin a respeito do novo cargo.
Confira:
Jornal O Comércio (JOC): De que forma surgiu esse convite do governador para assumir o Detran e qual o tamanho do desafio?
Santin Roveda: Estou nessa missão junto com o governador Ratinho Júnior. Estava como secretário da Justiça do Estado do Paraná. Consegui boas concretizações, consegui fazer a diferença na vida de muita gente. Programas importantes como o Paraná em Ação, como o Cuida Paraná. Programas de migração importantes. Programas de pessoas em situação de rua. Situações que mudaram o dia a dia paranaense. Também recentemente um programa de coleta de biometria de recém-nascidos. Isso é inovador, não só no Paraná, mas no mundo inteiro. A Secretaria da Justiça reconhecendo, dando uma cara para recém-nascidos para que não sejam trocados em maternidade, para que não haja tráfico de crianças. Sem dúvida, saio com um sentimento de que fiz o bem e fiz bem feito.
O convite do governador veio principalmente com um argumento claro. Ele falou: eu dei três secretarias para três secretários meus que fizeram a diferença em secretarias pouco expressivas, mas que demonstraram com competência um trabalho brilhante. Guto Silva, Márcio Nunes e Santin Roveda.
O Guto na secretaria de Planejamento, que tinha poucas possibilidades, fez um trabalho brilhante com programas super criativos e de extrema visibilidade. Márcio Nunes, com uma secretaria nova do Turismo, pouco orçamento e fez acontecer no estado inteiro, demonstrando que o Paraná tem um potencial absurdo. E Santin Roveda, nas palavras dele, pegando a Justiça, com pouca expressão, e também demonstrando programas que mudaram a vida das pessoas.
Então, o governador deu uma mudança de lugar para o Guto Silva, indo para Cidades, com grande orçamento. O Márcio Nunes na Agricultura, e o Santin Roveda no Detran. Todos dando, vamos dizer assim, um turbo político e de possibilidades para que a gente possa realmente, ao lado dele, fazer o Paraná ainda melhor.
JOC: A mudança é recente, mas você já tem planos, já tem ideia do que você pretende executar no Detran?
SR: Já tenho inicialmente algumas ideias interessantes, principalmente na parte de inovação e tecnologia. A parte da CNH solidária, onde a gente quer ampliar, principalmente para as pessoas mais jovens, que não tem condição de pagamento das taxas, até de fazer novamente uma carteira de trânsito, também para impulsionar o mercado de trabalho.
A gente sabe que as empresas estão necessitando também de mão de obra, um Paraná que é o Estado que mais cresce em todo o Brasil, precisa de profissionais e oportunidades também na parte de transporte rodoviário.
Também a parte de pátios, que é um problema no estado. A gente pensa, como tem problema nas prisões, nas penitenciárias, a gente pensa também na possibilidade, talvez, de fazer com veículos um tracking para que seja monitorado não no pátio o veículo, a moto, mas na própria casa, para que a gente economize espaço físico e possa trazer com isso agilidade, economia e tornar mais ágil processos importantes que o Detran tem a inovar.
JOC: Temos um trânsito muito violento. Isso não é exclusividade do Paraná. É no Brasil inteiro. Na sua opinião, está faltando educação no trânsito?
SR: Eu acho que educação no trânsito também é cultura. Eu digo isso pela minha pessoa também. Eu vejo pessoas que tentam chegar em algum lugar em menos tempo, e ganham com isso cinco, seis minutos, sete minutos e por esse motivo, às vezes perdem a vida, né? Eu sou um cara que tento, com toda a humildade, ser extremamente responsável, porque eu sei que eu tenho que chegar na minha casa e voltar para o meu filho, para o Henrique e para a Ana Cláudia. Gosto de voltar para a minha casa, gosto de ser responsável no trânsito. Tento até ter a ideia de que os outros sempre estão com essa pressa porque eu tento estar com a responsabilidade. Então, você ser educado é cuidar da vida dos outros, principalmente. A chamada direção defensiva. Não beber e dirigir. E também olhar o trânsito como um lugar de harmonia, onde você tem que dar a vez para o outro, você tem que ter a paciência que a sociedade em geral, hoje em dia, na sua ansiedade do dia a dia não está tendo.
Espero nesse período que estou ando aqui como presidente do DETRAN, que é uma honra, o estado inteiro junto comigo aqui fazendo um trabalho, espero que seja um período de excelência, que a gente consiga realmente fazer um trabalho muito bem feito, que orgulhe o nosso governador Ratinho Júnior.
JOC: Ano que vem teremos eleições majoritárias. Na eleição ada, você concorreu a Deputado Federal. O que você está projetando pessoalmente para 2026?
SR: Eu afirmo para você, com toda a alegria do mundo, eu estou no projeto Ratinho Júnior. E ponto final. O meu projeto chama-se projeto Ratinho Júnior. E o governador até me colocou aqui porque eu estou no projeto dele também. Eu faço parte disso. A intenção do governador é que eu concorra à Deputado Federal. É até um direcionamento dele. “Santin, eu quero que isso esteja ao meu lado”. A gente quer mudar o Brasil. Um Brasil polarizado, que está entre direita e esquerda. É muito bonito no discurso isso, mas não alimenta ninguém. Se você perguntar para um cara que está trabalhando, para uma mulher que está aí dando o suor no seu dia a dia, você é de esquerda ou de direita? Eles vão dizer só que querem um Brasil melhor, que querem o salário no final do mês, e que querem que o filho esteja alimentado e que possa estudar. E que querem um teto. Que querem melhorar sua casa, querem comprar um carro. O que a gente quer no dia a dia é isso, é uma política decente. E é isso que a gente está conseguindo fazer no Paraná.
Tendo todo mundo unido em paz, os poderes aqui harmonizados, ninguém briga no Tribunal de Justiça, ninguém briga no Ministério Público, todo mundo conversa com educação e eu acho que isso faz a diferença no Paraná, porque a gente quer que faça diferença no Brasil.
O governador me vê inserido no projeto dele e o direcionamento é para que eu saia mesmo a Deputado Federal. Digo isso porque a gente não tem representatividade nem em União da Vitória e nem nos nove municípios da Amsulpar e nem na Amcespar de um deputado federal. É um dos nossos graves problemas da BR-476 e da BR-153, entre outros graves problemas que a gente tem de dia a dia de atração de investimento para região Centro-Sul do Estado. Então eu adoraria ser a pessoa, com toda humildade, ser a ferramenta que pudesse, como já foi em outro momento, o Airton Roveda, meu pai, que eu tenho muito orgulho e é uma das pessoas a quem eu sigo um bom exemplo, que nos representou em Brasília, que trouxe muito recurso. E ser uma pessoa que possa ajudar a região Centro-Sul do Estado a ter infraestrutura de verdade, não meia boca.
Quando eu fui prefeito de União da Vitória eu trouxe infraestrutura de verdade, sólida, robusta. Não razoável. E afirmo que nós iremos, junto com o prefeito Ary Carneiro, fazer toda a estruturação da Bento Munhoz em breve, toda em concreto. Fantástico. Nada meia boca. Eu não gosto de serviço razoável. É uma afirmação do nosso governador Ratinho Júnior, junto com o Guto Silva, junto com o Hussein Bakri, nosso líder do governo, junto com o nosso presidente da Assembleia, Alexandre Curi, todo mundo junto, todo mundo com a chamada humildade que eu acabei de falar aqui, que são palavras que eu estou usando bastante, que eu estou falando unido em paz e nós estamos nesse caminho, unido em paz.
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