Orçamento de 2025, que impede início das obras da BR-476, deve ser votado na próxima semana
O deputado federal pelo Paraná, Tadeu Veneri, esteve nos estúdios da Verde Vale FM 94.1 na sexta-feira, 28 de fevereiro, durante o programa União é Notícia 2ª Edição. Na oportunidade, falou a respeito do restauro da BR-476, e a expectativa de liberação de verbas para início das obras após aprovação do orçamento de 2025 pelo Congresso.
Confira:
Jornal O Comércio (JOC): Deputado, todos os trâmites, toda a burocracia, para a realização das obras na BR-476 foi vencida. A ordem de serviço foi assinada pela empresa Ethos, que vai fazer a obra. O que falta agora, então, é aprovar o orçamento. Existe previsão, deputado, para essa votação?
Tadeu Veneri (TV): A previsão é 12 de março de votação no Congresso. Como eu falei, o Congresso vive uma situação que não é diferente do que foi com a presidente Dilma onde foi até junho a votação, acho que foi uma das mais longas. A gente precisa esclarecer que o orçamento que nós trabalhamos hoje, ele é o orçamento feito de 2023 para 2024. Com todos os valores de previsão de 2024. De lá para cá, você tem uma inflação, você tem gastos, você tem uma série de coisas que não estão previstas no orçamento de 2024. Como você não aprovou de 24 para 25. Você divide o orçamento todo. Você teria lá R$ 120 mil do orçamento 2024. Entrou 2025 e não se votou o orçamento para 2025. O que você vai fazer? Você vai pegar aqueles R$ 120 mil e dividir por 12, então todo mês vai ter R$ 10 mil. Você não pode gastar R$ 15 mil, você não pode gastar R$ 18 mil, por isso que travou tudo. Nós não precisamos de muita coisa para iniciar. O que precisa para o canteiro de obras e a Ethos colocou isso, são R$ 5 milhões, falou: O Paraná tem R$ 13 milhões, que é muito pouco. Santa Catarina tem R$ 70 milhões e o Rio Grande do Sul tem R$ 120 milhões, por mês, do orçamento de 2024. Então, esse ano, eu espero que a gente tenha um pouco mais.
JOC: Mas quem define esses valores, deputado? Por que essa discrepância?
TV: O orçamento é definido pelo Ministério dos Transportes, né? E eu acho que nós temos também às vezes uma autofagia no Paraná, politicamente falando. Ao invés de você trabalhar para construir um processo onde todas as regiões tenham valores, é aquela ideia de puxar para o seu lado. Eu acho que isso acaba fazendo com que algumas regiões tenham muito. Dou exemplo, se você pegar o Norte do Paraná, pega Londrina, pega Maringá, menos os Campos Gerais, mas pega Londrina e Maringá e Cascavel, são regiões que tem muito recurso. Cascavel teve quase R$ 250 milhões da Itaipu para fazer o contorno. Aqui o que nós temos é R$ 7 milhões, R$ 8 milhões da Itaipu. Que a gente pediu, inclusive, queríamos que saísse mais R$ 15 milhões e até agora não saiu nada. Então, não gostaria de pensar que isso fosse real, mas a impressão que nos dá, às vezes, é que a gente tem uma disputa muito pequena dentro de uma região toda. Eu já falei isso várias vezes aqui, a gente poderia trabalhar na região com uma proposta, e eu não tenho direito de falar isso porque eu não estou aqui no dia a dia, mas como quem vê de fora, uma proposta, um projeto de desenvolvimento da região para 20, 30, 50 anos.
Eu falei outra vez, e era uma preocupação que eu trouxe aqui, e infelizmente ela vai acontecer, da Ferrovia da Ferroeste. Se a Ferroeste saísse e se nós não tivéssemos uma alternativa, a região pode, não significa que vá, mas pode ficar isolada mais uma vez. E agora já tem o ramal aqui de Cascavel para Chapecó, foi pago pela Associação Comercial de Chapecó, e já tá feito o estudo e vai sair de Cascavel, vai a Chapecó, e Chapecó desce para Porto Rio Grande. E a gente faz o que aqui? A gente fica no meio do caminho. Se não tiver uma rodovia que preste, que seja boa, a gente fica mais isolado ainda, só com o transporte de agem. A gente tem um problema porque a BR-280 deve ser duplicada. A duplicação de São Francisco a Chapecó iniciou no governo Dilma, parou. Agora está com problemas com as terras indígenas, mas não chegou aqui. Se a gente chegar aqui pelo menos com a BR-280 por Santa Santa Catarina duplicada, você abre um outro caminho. Então essas coisas assim, é claro que nós estamos sempre dispostos a fazer conversa. Falei com o presidente da Assembleia Legislativa, o deputado Alexandre Curi, que tem uma relação grande com essa região.
Mas olha, a região aqui tem alguns problemas. Você fala em enchente. A enchente é uma coisa que ela é natural da cidade. Não adianta, você não vai evitar enchente, a não ser que você faça o canal que eles falaram que isso aí ia R$ 200 milhões, não sei quantos milhões de reais para fazer. Mas a gente tem que recuperar isso. Nós temos algumas rodovias aqui, eu falei da BR-476, mas eu dois meses atrás vim de Pinhão aqui para União da Vitória. De Bituruna para cá e Bituruna para Pinhão tem parte da rodovia que está em meia pista há 6 meses. É uma rodovia estadual.
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